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Florais não é florzinha

  • Foto do escritor: Tereza Cristina Guimarães
    Tereza Cristina Guimarães
  • 16 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

O uso do modo diminutivo nas palavras é uma prática que denuncia o quanto para alguém aquele gesto, ou aquela pessoa, ou situação, reside no cenário da infância. Residir neste lugar é mandatório para a alma, porque é lugar de pureza e autenticidade, mas é delicado e ambivalente quando acontece no exercício da profissão.


Assisto muitas vezes, expressões pueris de profissionais da saúde dirigindo-se a idosos com diminutivos, como se estivessem diante de crianças de 3 anos de idade, ou a mulheres gestantes como se fossem “grandes nutrizes andantes”, e assim, atuam desconhecendo e minando a força e equilíbrio necessários `aqueles seres que estão a experienciar um significativo “ponto de viragem” em suas vidas.


No exercício da Floriterapia, o termo “floralzinho” ou “ gotinhas” me doem os ouvidos! Dr. Bach, certamente, nos ímpetos de sua natureza Impatiens, teria uma cefaléia brutal, ao presenciar a obra de sua vida ser referida no diminutivo.


A palavra no diminutivo é uma falácia do apelo em ser aceito, e assim, nessa aproximação inocente, tentar encontrar um lugar de apreciação. O dialogante também se coloca num lugar protegido de questionamentos, pois oferece umas “gotinhas”, um composto inocente, cuja falha não lhe fará mal, e o acerto magicamente irá derrotar seu sofrimento!

De há muito tempo busco terminologias que individualizem a Floriterapia, já que o empréstimo da linguagem de outros saberes coloca a minha atuação num lugar indefinido, obscuro e a meio caminho de outras práticas. Busco palavras que traduzam em seu significado a extensão do processo que se realiza no uso das essências florais. Termos que qualifiquem minhas ações como terapeuta floral, que nomeie a minha relação com um outro que me procura, que traduza como devo chamar as indicações e formulações que realizo para este outro, e tantas outras ações que são próprias e singulares a minha atuação profissional.


Os estudos de termos botânicos, alquímicos e as Conversações de Eckermann com Goethe( livro da editora Itatiaia,de nome homônimo) têm sido inspiradores para mim.


Quando existe uma linguagem própria, permite-se numa escuta imediata, identificar quem são aqueles que falam um determinado assunto. Assim, um lugar vai sendo construído, como os tijolos de base de uma casa que sustentará todo o resto e permitirá avaliar quão sólida e perene é aquela construção.


Na Floriterapia com dialeto próprio não caberá “gotinhas “ e “ florzinha”, pois a natureza na suavidade carrega verdadeiramente, códigos, que ocultam arquétipos a serem decifrados como verdadeiros hieróglifos. Eles, uma vez compreendidos, conduzem nossa alma a sala do trono, para que possamos finalmente compreender para que viemos, para onde vamos, e quem somos nas leis da natureza. Partilhamos Histórias,... não contamos histórias!


 
 
 

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Médica formada pela Universidade Federal de Pernambuco(UFPE).

 

Especialização em Homeopatia pelo Instituto Hahnnemaniano do Brasil

 

Curso de Especialização em Psicologia da Saúde Mental (FAFIRE)

 

Terapeuta Floral Practitioner e professora autorizada da Flower Essence Society, Cal. USA.

 

Professora autorizada da Pacific Essences, Victoria BC, Canadá. Florais do Pacifico.

Curso de Formação de Profissionais em Dakshina Tantra Yoga pela Associação Brasileira de Dakshina Tantra Yoga - ABDTY.

Formação em Kinesiologia Avançada, pela 

Escola de Kinesiologia Avançada de Portugal.

Socia fundadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Terapia Floral-TERRA BRASILIS/Recife

Palestrante em eventos nacionais e internacionais.

                Fone : 81 -986054473

 

                         emails:

 

        terezaguimaraess@yahoo.com.br

 

       terezaguimaraescursos@gmail.com

 

 

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